Os guitarristas Rodrigo Chenta e Ivan Barasnevicius iniciaram as atividades do seu duo em outubro de 2013, desenvolvendo técnicas de arranjo, composição, improvisação e interação musical, utilizando duas guitarras acústicas.
Embora seu repertório contemple também gêneros como a balada, a bossa nova, o jazz moderno, o samba e o groove, a maioria das composições não se enquadra em gêneros e estilos musicais já formatados e difundidos. Algumas trazem elementos experimentais e são criadas no momento da sua execução através de jogos de improvisação e preparação dos instrumentos.
A diversidade timbrística é uma das características marcantes deste duo. Cada guitarra possui uma sonoridade muito peculiar. Enquanto Rodrigo Chenta prioriza a utilização do som acústico de seu instrumento, Ivan Barasnevicius dá mais ênfase ao som do amplificador. Ao longo do tempo de existência do duo, outros instrumentos foram inseridos nas composições, como os violões de 6 e 7 cordas, o violão de cordas de aço e o baixolão.
Rodrigo Chenta e Ivan Barasnevicius fazem os arranjos de forma coletiva e mostram como conseguem um notório entrosamento tanto musical como no âmbito das propostas artísticas.
Gravaram em 2015 o seu primeiro CD autoral intitulado "Novos Caminhos" que teve grande apreço da crítica especializada. Este trabalho traz peças escritas especificamente para a referida formação instrumental e adaptações com belos arranjos para temas compostos anteriormente.
Em 2016, lançaram o álbum "Antítese", que além de aprofundar algumas propostas do primeiro trabalho, como a diversidade de timbres e o formato não-standard, também percorre novos caminhos ao trazer tanto canções com influências da música mineira dos anos 1970 e do rock, como também novas interações através de jogos de improvisação e técnicas contrapontísticas.
Em 2017, gravaram o EP "Standards?" com duas releituras de famosos temas de standards de jazz, onde exploraram formas de acompanhamentos inusitados aliados a um caráter lúdico em diversos momentos das improvisações.
No mesmo ano lançam o álbum "Volume III", onde exploraram a forma de suíte com diversos movimentos, assim como o uso de contraponto, afinações não convencionais e a influência violonística nos acompanhamentos.
Em 2018, lançam o álbum "Simplicidade", onde buscam, como o título sugere, o elementar nos arranjos, além de mais alguns conceitos presentes nos trabalhos anteriores, como afinações alternativas, técnicas estendidas e a forma suíte.
No mesmo ano lançam o álbum “Guitarra Preparada”, utilizando o conceito de John Cage sobre o instrumento preparado. Através da música espontânea criam timbres inusitados com o uso de objetos diversos na preparação das guitarras.
Em 2019 sai o álbum “Cedro”, trabalho com violões de 7 cordas de nylon. Com afinações variadas, desenvolvem uma linguagem própria nas composições e no jeito de tocar, misturando técnicas convencionais com outras da guitarra elétrica.
No mesmo ano lançam o álbum “Ballads” que conforme o título sugere aborda somente este gênero musical. Metade das músicas são obras escritas e a outra metade aborda baladas literalmente espontâneas onde apenas alguns elementos são unificadores.
No ano de 2021, lançam o álbum "Bricolagem", com composições em parceria usando método que dá nome ao álbum. Esta palavra significa tanto "faça você mesmo", mas também montagem e combinação de elementos não necessariamente relacionados. Técnicas da música especulativa do século XX, como dilacerações verticais (altura) e horizontais (tempo), phasing/phase shift, e outras foram usadas.
Em 2022, lançam o álbum "Jazz a la carte", onde retomam as guitarras acústicas com releituras de standards do Jazz na linguagem inovadora do Duo.
Em 2023 publicam o álbum "Violão Preparado", que da mesma forma que o álbum "Guitarra Preparada", abordou os instrumentos de forma inovadora com a música espontânea.
Entre 2022 e 2023 são lançadas novas versões de alguns dos trabalhos anteriores, como o EP "Standards?" e os álbuns "Volume III", "Antítese" e "Novos Caminhos", porém com nova mixagem e masterização, o que trouxe um salto de qualidade para o tratamento das primeiras gravações do Duo.
Em 2024 lançam os álbuns "10 anos - Parte1" e "10 anos - Parte 2". Este lançamento duplo é comemorativo de uma década de existência do duo, e onde são encontradas versões alternativas para composições lançadas nos três primeiros trabalhos, entre 2015 e 2017, e que não foram publicadas anteriormente.